“[…] Em que consiste fazer ciência? Em que consiste fazer ciência no Brasil? Em que consiste fazer ciência em um momento em que as instituições científicas estão sendo desmontadas e destruídas?”
Lançado em 2020, em meio às condições de produção imediatas de dado período de nossa história, o presente livro se materializa como um gesto que lança, em meio a seu tempo, reflexões sobre a prática das ciências. Práticas, aliás, sempre postas em perigo quando vivemos tempos tiranos. Para se compreender o presente, em suas contradições, condições, violências, é necessário, nos lembra os prefaciadores, olhar para o passado, em suas repetições, acumulações, mas também, suas rupturas, em suas conquistas, em seus gritos silenciados, esquecidos. É preciso atravessar o mar de certezas que se acumula no tempo e repensá-lo e relê-lo na possibilidade de dias-a-vir melhores. É preciso observar as (in)certezas que se organizam, se esquecem e se instituem. Como apontado no prefácio – “Sem pretensão de exaustividade ou de completude, e, também, não desejando estancar numa metade que se presume inteira.” –, o presente livro assume a forma de verbetes instituídos e organizados pelos diversos pesquisadores que compõem este livro. Daí, portanto, o trabalho que se faz ao deslocar o almanaque de um folhetim pré-jornalístico do século XIX para produções acadêmicas atuais.
Fica aqui o convite para a leitura de tão poderosa escrita, organizada pelos pesquisadores deste grupo: Vanise Medeiros; Phellipe Marcel da Silva Esteves; Dantielli Assumpção Garcia; José Edicarlos de Aquino; Amanda Scherer; Ana Paula El-Jaick; Verli Petri; Felipe Dezerto; Angela Corrêa Ferreira Baalbaki; Mara Glozman; Alexandre da Silva Zanella; Maria Claudia Maia Brasil; Diego Barbosa da Silva; Thiago Mattos; Lucília Maria Abrahão e Souza; Lívia Letícia Belmiro Buscácio; Helena Martins Roberval Teixeira e Silva;
William F. Gomes (PIBIC/CNPq – UFF)
Acesse o livro: https://drive.google.com/file/d/1jJH2ds03WGa0ZvdRHo8pur7HDY8NVqFe/view?usp=sharing